No mundo digital o que você mais encontra são posts, artigos, aulas e podcasts com dicas do que fazer ou não fazer no seu perfil, negócio digital ou campanhas online. E eu entendo, eu também estou aqui compartilhando o que eu sei, o que eu aprendi na tentativa de ajudar. Mas o que eu mais aprendi é que os nossos caminhos são diferentes, que o que funciona pra mim talvez não funcione para o outro, e que o que eu repasso são ideias, sugestões baseadas na minha experiência. E você não tem que nada, nem eu. 

Um dos pressupostos da Programação Neurolinguística diz que “O Mapa Não é Território”. Por muito tempo, esse pressuposto pra mim era grego. Não fazia nenhum sentido. Eu não conseguia traduzir para um bom Português. Até que eu me dei conta que ele se encaixa com essa ideia que eu repito a vida toda: se eu não estou desrespeitando ninguém, passando por cima da lei, EU NÃO TENHO QUE NADA!

Com isso, acredite, nada que funcionou para você tem a obrigação de funcionar para mim. Porque o mapa não é território. Porque nós todos temos mapas diferentes, formas diferentes de nos motivar, de funcionar, de criar, de gerar movimento. E, geralmente, quando estamos começando ou aprendendo algo novo, buscamos por referências. E acredite eu amo esse momento. Acho fundamental termos boas referências nas nossas vidas. Mas muitas referências, cada uma falando uma coisa diferente, pode causar uma confusão mental e acabar nos paralisando. 

Imagina, você consumindo conteúdo todos os dias por horas, escutando mil formas de fazer a mesma coisa, sem saber qual é a melhor. Aí você começa com um método de manhã, incrementa com um segundo método à tarde e a noite dá uma investida num terceiro conceito que você ouviu falar que é bom. Qual o sentimento que você vai ter no final do dia? Exaustão, frustração e a sensação que você não está saindo do lugar. 

Você se sente como se tivesse que honrar as suas referências fazendo tudo o que elas compartilham, como se elas fossem gurus. Obviamente, você fica sobrecarregada de tantos “tem que” no seu dia e sem ver resultados no seu objetivo final.

Você pensa que está sozinha?

 

Não é só para você que um bombardeio de “tem que” não funciona. E não funciona porque: 

  • não se conecta com a forma que ativa a sua criatividade;
  • não se enquadra com o tempo que você tem disponível na sua rotina;
  • você não dá certo com planilhas e sim com mapas mentais, ou vice-versa;
  • você não concorda com gatilhos mentais, mas com conexão genuína;
  • você precisa de passo a passo e não fórmulas prontas;
  • você quer algo autêntico e não mais do mesmo;
  • você quer fazer no seu tempo e não no tempo do resto do mundo.

E como que se corrige tudo isso? Como sair desse ciclo cansativo e nada produtivo?

Entenda o que funciona para você. Qual é o seu estilo de aprendizagem e também como você se sente mais motivado a colocar a mão na massa. O meu processo foi ficando mais claro conforme eu fui utilizando ferramentas de autoconhecimento. Abaixo, vou compartilhar algumas das técnicas que eu usei no meu processo:

  • Eneagrama é um teste de personalidade que mostra não apenas os pontos fortes, mas também os fracos. São 9 tipos de personalidade: Perfeccionista e Exigente, Amigável e Orgulhoso, Bem Sucedido, Insatisfeito e Emotivo, Observador e Estrategista, Cuidadoso, Feliz e Otimista, Desafiador e Autoritário, Mediador. Então, por exemplo, no meu caso, toda vez que eu estou procrastinando por algum padrão de comportamento eu consigo identificar o que está acontecendo. Dessa forma, eu posso ser autorresponsável e decidir como agir a partir disso. Clique aqui para fazer o teste
  • Saiba quais são as suas Forças de Carácter: Entender o que você valoriza, o que faz uma luz vermelha acender, o que não se conecta com os seus valores, faz você parar de investir tempo no que não corresponde com o que você acredita. Quando você sabe quais são as suas forças de caráter tudo fica mais claro e simples de entender. Eu fiz o meu teste nesse site aqui.
  • Se você trabalha com criatividade, leve seu artista para passear. Eu sei, parece tosco, mas um dos melhores livros que eu já li “O Caminho do Artista”, da autora Julia Cameron, me ensinou a olhar para a minha criatividade de uma forma diferente. Alimentando, dando tempo e valor. Às vezes, tudo o que a gente precisa é respirar novos ares por 1 horinha na semana.
  • Escreva! Tire as suas ideias da cabeça e coloque no papel. Por mais que elas ainda estejam desorganizadas, tirar elas do mental vai te ajudar a ter espaço para enxergar as coisas com mais clareza. Não, não é para tirar da cabeça e colocar no computador! Eu disse PAPEL, aquele produto incrível dos tempos de outrora. 
  • Faça um moodboard, que nada mais é que um quadro com recortes, ilustrações de como você se vê daqui 6 meses (eu gosto de escolher entre 90 dias e 6 meses, mas porque eu não funciono a muito longo prazo). Encontre uma revista, recorte o que te interessa e faça uma colagem. Ou procura umas imagens no Google que funciona também. O importante é você conseguir visualizar.

Essas são ferramentas bem básicas, que vão te ajudar a filtrar o que vale e o que não vale das suas referências. O que se conecta com você e o que só vai te trazer frustração e ansiedade. Filtrar o conteúdo que você consome das suas referências vai reduzir a sua lista de coisas para fazer e vai te aproximar dos teus objetivos. Por fim, entenda o tempo. Não compare o palco de ninguém com os seus bastidores. Realizar um sonho, tirar uma ideia do papel, criar algo novo leva tempo. E cada um tem o seu tempo. 

E não se esqueça, você realmente não tem que nada que não se conecte com a sua essência e com o que você acredita. O mundo está mudando, e ninguém tá aqui para criar seus próprios negócios e seguir velhos conceitos.